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sábado, 12 de setembro de 2009
ENTREVISTA - AUGUSTO CURY
ECLÉSIA - O que existe de singular na personalidade do homem Jesus Cristo?
AUGUSTO CURY - Ele era coerente, dócil, gentil, simples, perspicaz, audacioso, poético, feliz e inteligentíssimo. Nunca analisei alguém como Jesus Cristo. Ele gostava de jantar na casa das pessoas e de ter longas conversas com elas. Todos tinham acesso à sua agenda - os grandes e os pequenos, os ricos e os miseráveis. Algumas de suas características fogem completamente ao padrão psicológico previsível. Sua personalidade revelava uma sinfonia que rimava nos extremos. Ele proclamava ser imortal, mas amava ter amigos mortais. Sob o risco de morrer, ele, como qualquer ser humano, devia bloquear sua memória e reagir por instinto, expressando medo e ansiedade. Mas, para espanto da psiquiatria, Cristo abria as janelas da sua inteligência e gerenciava seus pensamentos como ninguém o fez na História.
E quais foram suas características mais marcantes?
Na sua humanidade, escondem-se as coisas mais belas e de que mais necessitamos: a paciência, a tolerância, a capacidade de superação do medo, a singeleza, domínio próprio, o diálogo aberto, a capacidade de contemplação do belo nas pequenas coisas. A fantástica noticia é que apóstolo Paulo comenta que todas essas características podem ser comunicadas ao homem através do Espírito Santo. O homem frágil e débil pode ter acesso à natureza de Deus. Pode ser comum por fora, mas especial por dentro.
A minissérie Jesus, exibida pela TV há dois anos, mostrava um Cristo excessivamente humano, que até certo ponto de sua vida nem sabia quem era e tampouco qual sua missão. A partir de que momento ele teria tomado consciência de quem realmente era?
Como Filho de Deus, desde o início da sua infância ele tinha a consciência do seu passado eterno e atemporal. Isso não é uma crença teológica, mas psicológica. Só isso explica porque, aos doze anos, quando seus pais o perderam, ele estava discutindo com segurança com os mestres da lei, a ponto de deixá-los maravilhados. Ficar longe dos pais deveria tê-o deixado com medo, como qualquer garoto. Mas ele mostrou um controle emocional que deixou sua mãe pasmada. Ali, ele discorreu com eloqüência e convicção sobre aspectos da lei judaica, dando um significado ao templo que jamais fora dado por alguém. O jovem Jesus chamou-o de "casa do meu Pai", e não um simples lugar de adoração. Tal informação não lhe foi ensinada pelos seus pais. De onde Jesus Cristo a teria extraído? De sua memória, que excede os limites do tempo. Com sua sabedoria, ele encantava seus amigos e fascinava seus inimigos. Pilatos sentiu-se um menino diante de sua postura. No encontro dos dois, foi a primeira vez que um réu abalou completamente a estrutura de um juiz autoritário.
Especula-se bastante sobre o que teria feito Jesus entre os 12 e os 30 anos, quando iniciou sua trajetória pública. Na sua opinião, o que aconteceu com ele naquele período?
A pergunta é tão complexa que perturbou teólogos e pensadores de todos os séculos. Dos 12 aos 30 anos, Jesus não foi para a Grécia nem para a índia, como alguns especulam, para de lá extrair conhecimento. Ele fez uma outra viagem, mais importante e difícil de ser realizada - viajou para dentro de si mesmo a cada dia que viveu. Ficou nas imediações de Nazaré por 18 anos e nesse período vasculhou no anonimato seu próprio ser, analisou suas experiências e as limitações humanas. Ele aprendeu a ser um homem espetacular. Foi o Mestre dos mestres porque soube aprender. Conhecer um fato é diferente de vivê-lo. Como Deus, ele conhecia a ansiedade, a discriminação social e as aflições humanas, mas nunca as tinha vivido. Enxergava as nossas lágrimas, mas nunca as tinha chorado.
Mas em que momento podemos dizer que ele foi apenas humano?
Bem, Jesus tinha aflições humanas quando suas experiências eram totalmente humanas, como cair, conquistar pessoas, ser rejeitado, superar sua angústia no Getsêmani; mas tinha a certeza divina nas questões que envolviam sua natureza transcendental. Por isso, discorria sobre a superação da morte e sobre a eternidade com uma convicção que deixa perplexo os mais lúcidos cientistas. A morte é a falência da medicina - mas para Cristo, ela não existia. Deus quis ser um homem. O Filho de Deus dizia com prazer que era o filho do homem. Ele, que era ilimitado, aprisionou-se num corpo frágil e limitado.
Como homem público e popular. Cristo atraía as multidões. Em algumas passagens bíblicas, podemos vê-lo rodeado de discípulos, pessoas com interesses imediatos e até bajuladores. Como ele lidava com tanta pressão?
Todos temos limites e devemos cuidar da nossa qualidade de vida para não falirmos com nossa saúde. Costumamos viver extremamente estressados e com diversos sintomas psicossomáticos como cefaléia, dores musculares e fadiga, devido à tensão, trabalho excessivo e responsabilidades sociais. Jesus não era diferente. Todos os dias, haviam pessoas suplicando por sua ajuda. Pesava sobre ele a responsabilidade de resgatar a humanidade para Deus. Ele era perseguido, discriminado e ainda por cima tinha que perdoar e ter paciência, não apenas com seus inimigos, mas também com seus amigos. Os discípulos não eram um fator de alívio, mas de problemas. Eles não enxergavam seu plano transcendental e freqüentemente discutiam e entravam em disputa. Mas pelo fato de saber filtrar tais estímulos, além de proteger sua emoção, Jesus tornou-se uma pessoa tranqüila, capaz de convidar as pessoas a aprender com ele a arte da mansidão. Meses antes de morrer, ele estava famosíssimo. Milhares de pessoas o seguiam. Mas ele jamais perdeu as suas raízes, nem abandonou sua simplicidade.
E com relação ao eventual assédio feminino?
Com respeito à sexualidade, Jesus superou seus instintos porque o amor que fluía do seu ser transcendia ao prazer da sexualidade. Além disso, ele nunca se encontrava com mulheres em lugares fechados ou isolados, mas em lugares públicos, abertos. Ele amou muito cada ser humano, inclusive as prostitutas, e cuidou para que nunca ferisse a consciência de ninguém.
Muita gente, com base em representações artísticas, acredita que Jesus foi uma pessoa frágil e sofredora. Tal juízo corresponde à realidade de como era ele?
Tenho convicção de que não. Jesus transbordava alegria, gostava de festas. Ao redor de uma mesa, ele disse belíssimas palavras. Era tão comunicativo e sociável que teve a coragem de se convidar para jantar na casa de uma pessoa que não conhecia, como Zaqueu. Do ponto de vista psiquiátrico, eu não creio que seja possível se ter uma emoção mais alegre, serena e estruturada como a de Jesus Cristo.
O que o motivou a escrever a coleção Análise da inteligência de Cristo?
Poucas pessoas foram tão longe no ateísmo como eu. Por pesquisar a construção de cadeias de pensamentos e a gênese dos conflitos humanos, eu considerava Deus, bem como Jesus Cristo, como desculpa do cérebro que não aceitava seu fim. Para mim, Deus era um produto imaginário da psique, para aliviar sua dor diante das frustrações e perdas existenciais e da inevitabilidade da morte. Mas duas coisas mudaram meu pensamento. Primeiramente, ao estudar exaustivamente o funcionamento da mente humana, descobri que ela tem fenômenos que ultrapassam os limites da lógica. Para produzir um pensamento, entramos na memória e em meio a trilhões de opções resgatamos verbos, substantivos e pronomes, sem saber como o fazemos. A construção de cadeias de pensamentos não pode ser explicada pelo universo físicoquímico cerebral, pelo computador biológico do cérebro. Compreendi que só a existência de um Deus fantástico poderia explicar o anfiteatro da nossa inteligência. O segundo momento foi o estudo das reações, dos pensamentos e das entrelinhas das idéias de Jesus. Compreendi que era impossível que ele fosse fruto de uma ficção. Nenhum autor poderia construir uma personalidade como a dele, que ultrapassa os limites da previsibilidade psicológica. Amá-lo não é apenas um ato de fé, mas uma decisão de muita inteligência.
É possível fazer tal estudo apenas baseado nas informações contidas nos Evangelhos? Os relatos bíblicos não conteriam narrativas com elementos fantásticos demais?
Há mais de 5 mil manuscritos do Novo Testamento existentes até hoje, o que o torna o mais bem documentado dos escritos antigos. Muitas cópias pertencem a uma data próxima dos originais. Há aproximadamente 75 fragmentos datados desde 135 d.C. até o século 8. Todos esses dados, acrescidos ao trabalho intelectual produzido pelos estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual, nos asseguram de que possuímos um texto fidedigno do Novo Testamento. É necessário imergir no próprio texto e interpretá-lo de maneira multifocal e isenta, tanto quanto possível, de paixões e tendências. Foi o que procurei fazer. Questionei os mais diversos níveis de coerência intelectual dos autores dos evangelhos e dos textos que escreveram.
Nas suas obras, o senhor fala sobre intenções conscientes e inconscientes dos autores dos evangelhos, para provar que o personagem Jesus não seria apenas uma criação literária. Quais eram essas intenções?
Os autores dos evangelhos não tinham a intenção de fundar urna filosofia de vida, de promover um herói político, ou construir um líder religioso - nem mesmo criar uni homem diante do qual o mundo deveria se curvar. Queriam registrar fatos, mesmo que incompreensíveis, de uma pessoa que revolucionou suas vidas e os ensinou a linguagem do amor. Se os evangelhos fossem fruto da imaginação literária desses autores, eles não falariam mal de si mesmos, não comentariam a atitude vexatória que tiveram ao negá-lo, como fez Pedro. Eles teriam mesmo escondido a angústia de Cristo, que clamava ao seu Pai para que afastasse de si seu cálice.
Jesus tinha uma forma própria de instruir seus discípulos. O senhor afirma em seus livros que muitos desses pressupostos estão sendo desprezados pelos educadores modernos. Por que? Estariam ultrapassados?
Jesus não enfileirava seus discípulos, mas os fazia sentar ao redor de si e os instigava a desenvolver a arte de pensar. Ele era, sim, um magnífico contador de histórias. Usava a arte da dúvida. Através de perguntas sistemáticas, fazia abrirem-se as janelas da mente dos seus discípulos. Atuava nos papéis da memória através de gestos e reações surpreendentes. Essas e outras técnicas psicopedagógicas que ele usou produziram pensadores, e não servos; homens livres, e não dominados. Jesus mesclava a sua história com a dos discípulos. Ele eliminava todas as barreiras entre eles. Discorria até sobre suas angústias.
Se vivesse no mundo hoje, como Jesus Cristo seria visto pela psicologia?
Nos dias de hoje, as palavras de Jesus não apenas abalariam os alicerces da psiquiatria, mas também das ciências, da educação. Ele deixava atônitas sua platéia. Seus discípulos eram incultos, agressivos, competitivos, reagiam sem pensar. Ele escolheu a pior estirpe de homens para segui-lo e os transformou não apenas em discípulos, mas na casta mais nobre de pensadores.
Algumas correntes teológicas defendem que Jesus não teria realizado milagres ou só teria feito alguns deles, que poderiam ser explicados de maneira natural pela ciência. Sem a manifestação de poder sobrenatural, ele teria conseguido influenciar tanto a sociedade de sua época?
Analisando os textos das biografias de Cristo, eu me convenci de que os milagres que ele realizou não foram retóricas literárias, nem delírio coletivo, e muito menos ilusão das pessoas que o cercavam. O que está registrado ali foi realmente realizado. Ele fez coisas inimagináveis. Se Einstein estivesse lá analisando a maneira como Jesus manipulava os fenômenos físicos, teria que rever a teoria da relatividade. Mas Jesus mudou a História da humanidade muito mais pelo seu comportamento do que pelos seus milagres. Por exemplo, quando Pedro negou a Jesus pela terceira vez, o Mestre, embora estivesse ferido e mutilado, esqueceu da sua dor e fitou-o com um olhar. Pedro negou-o, mas Jesus o amou. Pedro disse que não o conhecia e Jesus, com um olhar, revelou que jamais o esqueceria. São esses comportamentos, que muitas vezes passam despercebidos, que revelam uma pessoa surpreendente.
Por causa de comportamentos como o que teve no jardim do Getsêmani, alguns estudiosos acreditam que Cristo sofria de depressão. O senhor concorda?
A depressão é o ultimo estágio da dor humana. Só sabe o seu drama quem já a viveu. Jesus não teve depressão no Getsêmani, mas uma reação depressiva intensa que durou horas. Ele antecipou seu martírio e o vivenciou no palco de sua mente. Fez isso para se preparar para suportar o que viria. Ele iria ser espancado, mutilado e crucificado, e mesmo assim teria que agir com mansidão, doçura e perdão, como um cordeiro. Era uma exigência insuportável. O estado de estresse a que estava submetido foi tão violento que ele teve um sintoma psicossomático raríssimo na medicina, chamado hematidrose, que é o suor sanguinolento. Ele sofreu em poucas horas mais do que qualquer pessoa numa grave crise depressiva. Só que diferentemente da grande maioria das pessoas, inclusive intelectuais e líderes cristãos, ele não escondeu a sua dor. Chamou três amigos, Pedro, Tiago e João, e contou-lhes sobre seu sofrimento, mesmo sabendo que eles o abandonariam horas depois. Com tal gesto, ele nos deixou um princípio - não podemos maquiar nosso sofrimento, devemos sempre ter alguns amigos para poder dividi-lo. Infelizmente, não poucos pastores, padres, executivos e médicos se calam diante da sua dor, se destroem e até cometem suicídio porque têm vergonha de falar dos seus sentimentos.
Há muito se discute, no meio evangélico, sobre uma eventual incompatibilidade entre a psicologia e a fé cristã. Argumenta-se que o crente não precisa de assistência psicológica, posto que sua fé em Deus seria capaz de eliminar todos os problemas. O que o senhor pensa disso?
Os cristãos aceitam que as doenças físicas, mas não as psíquicas. Mas no fundo, todos nós estamos doentes em nossa psique; todos temos transtornos emocionais. Podemos não estar doentes por doenças catalogadas na psiquiatria e na psicologia, tais como a síndrome do pânico, a depressão, o transtorno obsessivo, a fobia social. Mas estamos doentes em nossa capacidade de amar, respeitar, dialogar, tolerar erros, superar a solidão, vencer a culpa, governar nossos pensamentos, gerenciar nossa irritabilidade. Jesus nunca fez milagres na alma, mas somente no mundo físico e no corpo humano. A alma, ou psique, é lugar de transformação. Não há cura interior milagrosa, mas reedição do filme do inconsciente, que às vezes é lenta e contínua. Algumas doenças, como fobias ou conflitos sociais, resolvem-se mais rapidamente; mas outras, como os transtornos obsessivos, que são idéias fixas, têm solução muito mais lenta. Quem não conseguir superar uma doença psíquica através de sua fé deve procurar ajuda, sem medo ou culpa.
Então, qual deve ser o papel do terapeuta cristão?
Um bom psiquiatra ou psicólogo não faz milagre na personalidade das pessoas - apenas leva o paciente a usar as próprias ferramentas da sua psique, que foram criadas por Deus, para que ele deixe de ser vítima e passe a ser autor da sua história.
Quais as queixas mais comuns que pessoas praticantes da fé cristã apresentam nos consultórios de psicologia?
Não há diferença entre as queixas de um cristão e de um não-cristão. A depressão e a ansiedade são e serão cada vez mais as doenças psiquiátricas da modernidade. E elas atingem igualmente as pessoas, independente de sua fé. O que difere um tratamento é que o cristão freqüentemente dá mais trabalho. Eles têm muito dinheiro - ou seja, os recursos espirituais -, mas não sabem sacá-lo, preencher o cheque. Ou seja, eles têm o amor de Deus, seu perdão, sua compreensão, seu encorajamento, sua esperança, sua vida eterna, mas sente-se culpados, incompreendidos e tímidos. Têm mais receio de se abrir e de praticar técnicas psicoterapêuticas. Isso dificulta o tratamento. Se eles descobrissem a ferramenta que possuem, seriam artesãos da emoção.
O senhor acha que o crente tem mais possibilidades de ser feliz?
Alguém que pratica a fé tem mais possibilidade de ser saudável e feliz. Alguém que incorpora as características da humanidade de Jesus Cristo transforma a sua vida num canteiro de segurança e liberdade. Mas ninguém tem um jardim sem espinhos, uma estrada sem obstáculos. Não há gigantes na alma humana; todos somos aprendizes e sujeitos a muitos conflitos. Mas quem passa por um conflito e o supera torna-se mais belo interiormente e pode ser mais útil para Deus e para os homens.
Até que ponto neuroses e mesmo patologias psicológicas, como a esquizofrenia e a loucura, em seus diversos níveis, podem ser atribuídos meramente a distúrbios mentais ou, como querem diversos segmentos evangélicos, a atuações espirituais malignas sobre a vida da pessoa?
A grande maioria das patologias psíquicas não é produzida por influência espiritual. Não podemos negá-la, mas não devemos maximizá-la; caso contrário, negamos o livre arbítrio. A grande maioria das patologias psíquicas deriva de leituras das matrizes de memória que geram cadeias de pensamentos que desorganizam a psique. Se as doenças mentais fossem derivadas de forças espirituais, não haveria muitos cristãos internados em hospitais psiquiátricos. O apóstolo Paulo, que mencionou essas forças, não se referiu a elas como causadoras de doenças, mas como bloqueadoras do plano de Deus. O que estou convencido é de que o maior carrasco do homem é ele mesmo. O maior drama do homem não é lidar com o mundo que o rodeia, mas com seu próprio ser. Preocupamo-nos com a faxina da casa e do escritório, mas não com o lixo depositado na nossa memória. Esse lixo é que contaminará o palco de nossa mente e o transformará num palco de terror. O mal não é o que entra dentro do homem, mas o que sai da sua mente
Além da coleção Análise da inteligência de Cristo, o senhor é autor de outras obras, como Revolucione sua qualidade de vida, na qual analisa diversos tipos de doenças e fobias. Parece que o mercado literário está mesmo consolidando este tipo de estilo. Por que livros como esse, que pode ser classificado na categoria chamada auto-ajuda, têm feito tanto sucesso, inclusive no mercado evangélico?
À medida que se deteriora a qualidade de vida nas sociedades modernas, as pessoas, incluindo os cristãos, procuram ansiosamente por informações que as ajudem. É isso que promove o sucesso dos livros de auto-ajuda. Mas a maioria das informações desses livros não resiste ao calor dos problemas, digamos, da segunda feira. Falta-lhes consistência. Embora alguns dos meus livros estejam classificados na categoria da auto-ajuda, eles são de divulgação científica. Valorizo o desenvolvimento do pensamento mais profundo. As pessoas devem detectar os pequenos trincos de suas vidas, e não ser alertadas apenas quando a casa desaba. Cristo foi quem foi por ser mestre em ajudar as pessoas dessa forma. E ele é muito maior do que nossa religiosidade consegue imaginar.
Fonte: Revista Eclésia (edição 86) publicado em dezembro de 2003
Fábio Menen
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