domingo, 6 de junho de 2021

RESSURREIÇÃO! VOCÊ AINDA CRÊ?


    A morte gera temor e medo em muitos de nós. E não é por menos, ela, a morte, nos põe diante de nossa completa e total humanidade, expõe nossa impotência diante dela. Vemos que diante de várias lutas, dores, sofrimentos, angústias e enfermidades conseguimos nos reerguer, mas diante da morte não conseguimos, tantas vezes, nos levantar de novo. A morte é sempre dolorida, sempre traumática, principalmente quando perdemos alguém que amamos muito. 

    Na Bíblia, há vários personagens que viveram as dores do luto, da perda. Entre esses muitos, há uma mulher que conhecemos pelo nome "a viúva de Naim" (Lucas 7:11-17). Essa mulher já passara pela dor e sofrimento de ter que enterrar seu marido. Não deve ter sido fácil, ainda mais naquela época, estar sem o seu marido e tendo que, sozinha, criar seu filho. 

    Não temos informações sobre o que ocorrera na vida desse jovem para que ele morresse. Pode ter sido uma enfermidade. A cidade de Naim era localizado a sudeste de Nazaré. Essa família residia nessa região. 

    O texto diz que Jesus interrompe o cortejo fúnebre onde o corpo era colocado em um esquife, que era o caixão, provavelmente feito de madeira. Imagine a dor angustiante e o sofrimento dela, seu marido já se fora e, agora, seu único filho. A dor era indizível e morria ali também todas as esperanças em seu coração de dias melhores apenas de lágrimas e da insuportabilidade da vida. 

    Para a psicanálise existe a diferenciação entre luto e melancolia. De uma maneira resumida o luto é um perído transitório do sujeito, da pessoa, onde todos os que perdem alguém deve passar pelo luto, elaborá-lo até a finalização dele. Já a melancolia é a lamentação pela perda que é algo muito mais forte e age como se ela própria tivesse se perdido junto ao objeto amado. Isso provoca um estado de desmotivação e tristeza profunda. 

    No texto bíblico, Jesus volta a sua atenção para a presença dessa mãe, de seus sintomas de tristeza e melancolia. Jesus se aproxima, e mesmo contra a lei que proibia qualquer ser humano de tocar em um defunto, o toca e ordena para que ele se levantasse. Aos olhos estupefatos de todos o jovem que estivera morto se levanta e começa a falar. Jesus o restitui à sua mãe. 

    Sou profundamente sensibilizado por Jesus por causa de sua atitude; a atitude inicial é dele. Ele decide interromper sem pedir permissão para os que conduziam o esquife e manifesta diante de todos o seu poder da ressurreição. Restitui a alegria para uma mãe que podia desistir de viver. O filho está vivo e as esperanças de novos dias se renovaram. Ali estava alguém que tinha o poder sobre a morte. Sim! Jesus continua, hoje, com poder sobre a morte.

    Essa é uma palavra de esperança e fé para você que perdeu um ente querido ou um amigo. Queríamos que essa pessoa que se foi, que morreu, ressuscitasse diante de nossos olhos hoje, pois cremos no poder de Deus para o assim fazer. Mas quando lemos que Jesus ressuscitou alguns e não todos, é para nos ensinar que, primeiramente ele é o Senhor sobre vivos e mortos, podendo ressuscitar quando lhe convêm; a morte não tem o decreto final na vida de nenhum de seus filhos. A morte é um fato que não pode ser negado, mas a vitória sobre a morte e a vida eterna são fatos ainda maiores para os que vivem e morrem em Cristo Jesus. A morte não tem mais o poder de nos matar. Até o corpo será importante na ressurreição final onde, esse corpo, antes corruptível, passará pelo processo da incorruptibilidade e transformação. 

Aprendi com Jesus também que ele não precisa ressuscitar ninguém diante de meus olhos para que eu creia nele. Eu creio é por causa de seu amor, de sua misericórdia e de sua palavra eterna, sendo os sinais de curas e milagres importantes quando forem da vontade Dele assim realizar, mas que não irá interferir em nossa fé no Senhor que pode todas as coisas. Ele pode realizar impossíveis mas nossa fé Nele não depende mais de sinais para continuarmos perseverantes em seu cuidado e amor.

    Eu não sei se essas palavras serão consolo para os que não tem esperança, mas para os que estão em Cristo Jesus faz toda diferença. Somos filhos do Eterno! Somos filhos da ressurreição. Antes, essa viúva voltaria para casa, ficaria sozinha novamente, derramaria lágrimas, deixada sem condições de sobreviver, não podendo casar e seu futuro totalmente incerto. Mas Jesus interrompe o decreto da desgraça e estabelece o decreto da renovação, da alegria, do reencontro, da vida. 
    
O profeta Isaías no capítulo 41:10 profetisa: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça". Em outras palavras, se o seu momento é o vale da sombra da morte, diante Dele sempre haverá esperança e promessa. A vida de Jesus nos inspira a sermos povo dele mesmo, sua vida nos dá lições de manter esperança e fé. Ele pode nos permitir sentir fraqueza, ou estar fragilizados pelas perdas adversas, mas estar não significa viver, você pode estar triste, mas não vai viver triste para sempre.

    Já pensou sobre as suas mortes? O que morreu? Por que você está no caminho do cemitério? Nessa esquife, o que está contido nela? Um sonho? Um casamento destruído? Uma vida moral arruinada? Um ministério desfeito?

    A morte gera a sensação de que tudo se perdeu, o fim de tudo. Porém, Jesus traz novamente alegria, olha para o objeto de nossa tristeza e provém os meios para que não sejamos tomados de desesperança e melancolia. Ele pode ressuscitar o que está morto dentro de nós. Ele é o Senhor da Vida. 

    Não é apenas crer na ressurreição mas Naquele que tem o poder de ressuscitar.




 

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