terça-feira, 7 de dezembro de 2010

MINHA VIDA - UM FILME SOBRE A NECESSIDADE DE PERDOAR


Assisti novamente esse filme em casa com minha esposa e filho. A primeira que assisti foi no ano de 1994.

O filme conta a história de Bob Jones (Michael Keaton), que tem um casamento sólido com sua esposa, ambos vivem felizes e também é proprietário de uma mega empresa. Sua esposa Gail Jones (Nicole Kidman), espera um filho de Bob. O problema ocorre porque Bob tem um câncer incurável e teme que antes do nascimento de seu filho ele não consiga sobreviver. Bob começa a gravar vários vídeos para seu filho, se apresenta como seu pai, em cada vídeo a tentativa de passar experiências que podem marcar pra sempre a vida de seu filho. Sua luta é para manter-se vivo para que possa conhecer o filho que tanto deseja.

No desenrolar do filme fica evidente que a causa da doença de Bob foi desencadeado por muitas dores de alma, amarguras e principalmente a falta de perdão. Sua relação com a família estava toda desgastada e não havia a chance de poder aproximar-se deles.

Sua esposa tem a ideia de que Bob deveria procurar um curandeiro para ver se pelos métodos espirituais, Bob ficasse curado. Mesmo relutante em não ir, Bob foi ao curandeiro e para sua surpresa foi esse curandeiro quem diagnosticou que o problema maior na vida de Bob era a quantidade de raivas armazenadas em seu interior, isso ocasionara sua doença. Bob precisava se desfazer de todo lixo da amargura, do ódio guardado e refazer seus relacionamentos familiares.

Bob ainda teve a chance de em um momento de reconstruir sua vida emocional, quando em uma reunião todos estavam juntos, pai, mãe, irmão. Mas como ninguém resolveu quebrar o fluxo de amarguras, Bob volta pra casa com as mesmas dores de alma que o adoecera.

O curandeiro disse que o câncer havia se espalhado e já alcançara o cérebro.

A luta, o encontro, o perdão e a morte estão presentes nesse filme que nos faz chorar. De fato, não querendo falar sobre o curandeiro ou sobre espiritismo que há no filme, fico com aquilo que de melhor se pode encontrar no filme: a necessidade de perdoar.

Esse filme não trouxe nada de novo quanto ao assunto sobre o perdão; apenas reforça o quanto uma alma cheia de rancor e ódio pode adoecer e matar.

Jesus de Nazaré já havia ensinado a saúde de vida que há naqueles que praticam o ato da Graça que é o perdão. Sem perdão na vida, a alma adoece. Sem perdão na vida, sem a capacidade de pacificar relacionamentos, sem encontros reconciladores. o mal pode assolar a vida de quem assim é; o câncer, o tumor, o diabetes e tantos outros celeumas podem atingir nossa carne, nosso sangue.

Por isso, Jesus nos ensina a perdoar. Ele sabe que perdoar, cura.

Jesus nos ensina que é preciso parar o fluxo de raiva que habita todos nós. Não perdoar, segundo Jesus, é um mal que atinge mais quem não perdoa do que quem merece ou não merece perdão. Por isso, perdoar tem que ser uma operação da Graça em nós nos fazendo desistir de nossas próprias justiças que nos cegam para enxergarmos que também somos errados em nossa natureza e que precisamos também de perdão dos outros.

Hoje, podemos ficar em casa remoendo dores, perdas, traições, culpas e enfermar a cada dia nossa alma, ou podemos pedir para Jesus entrar em nosso coração e nos ensinar o caminho terapêutico e curador do perdão. O Evangelho é cheio de histórias sobre perdão. Existem essas narrativas pois o desejo de Deus é que a pratiquemos em favor do nosso próximo. Assim como somos perdoados por Deus, perdoar aquele que nos ofendeu.

O verdadeiro amor não impôe condições, apenas ama. Quem é amado, pelo simples fato de sinceramente ser amado, começa a andar em caminhos de cura, sem moralismos, sem "forçar a barra", sem religiosidade fresca. Quem perdoa e é perdoado começa a ser quebrantado e instigado a andar no caminho do bem e da consciência sadia.

Amados, a mensagem de Jesus é essa: Deus estava em Cristo se reconciliando com o mundo! Deus está dizendo que o mundo está perdoado. O que o mundo precisa saber e conhecer é o Deus que perdoa e acolhe a todos os que vão ao seu encontro, pois ao encontro do mundo, Deus deu grandes passos para a reconciliação.

Que Deus nos amoleça o coração e faça a cada um de nós agentes de paz e de perdão sério. Não é o perdão que passa a mão na cabeça, mas aquele que diz: está perdoado, mas não peques mais.

Pensem nisso!

Fábio Menen

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