quarta-feira, 26 de maio de 2010

O IMUTÁVEL AMOR DE JESUS



João 21
1
¶ Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se assim:
2
Estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
3
Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam.
4
E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus.
5
Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não.
6
E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.
7
Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
8
E os outros discípulos foram com o barco (porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados), levando a rede cheia de peixes.
9
Logo que desceram para terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão.
10
Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes.
11
Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede.
12
Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor.
13
Chegou, pois, Jesus, e tomou o pão, e deu-lhes e, semelhantemente o peixe.
14
E já era a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dentre os mortos.
15
¶ E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
16
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
17
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
18
Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras.
19
E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me.




Simão Pedro era um dos que se achavam presentes nessa história. O coração de Pedro ainda estava triste por ter negado a Jesus. Penso que Pedro não era mais o mesmo, por estar se sentindo derrotado, incapaz, frustrado; mas estava ali presente.


O fato de Pedro estar ali, apesar de tudo, foi o fato de Jesus ter dito que iria se encontrar com eles e não se esquecessem de dizer a Pedro para ele não deixar de ir a esse encontro. Marcos 16:7


A Informação sobre a ressurreição seria dada primeiramente aos discípulos e a Pedro.
Interessante que Jesus destaca justamente àquele que foi atormentado pelo fracasso.


Jesus demonstra interesse na pessoa frustrada e fracassada. Essa preocupação de Jesus é fascinante.


Como cristão, servo e discípulo de Jesus posso sentir-me incomodado por coisas que deixei de fazer ou por que fiz deliberadamente; magoamos pessoas que amamos e nos frustramos por nossos desacertos.


Mas quer saber de uma coisa? Quem se sente assim, frustrado, triste e com sentimento de fracasso e derrota é justamente mencionado em primeiro lugar por Jesus. Sim, o modo de Jesus tratar a Pedro não é diferente da forma como Ele trataria a qualquer um de nós.


Sabe quem estava também nesse encontro? Tomé. Quem era Tomé? O discípulo que demonstrou incredulidade quanto a ressurreição de Jesus. Natanael também se encontrava ali; Natanael havia dito uma vez sobre a impossibilidade de o Messias vir de Nazaré: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” Olha, se formos honestos, nossas questões não são diferentes dos discípulos que estavam com Jesus.


Tiago e João também estavam lá e Jesus os chamou de Filhos do Trovão Marcos 3:7. Isso me faz pensar que trovejamos também em muitas reuniões que acontecem em nossos templos. Tem muita gente trovejando sua ortodoxia quando discorda de certas coisas ou quando se desentende com outrem. Eram chamados Filhos do Trovão pela facilidade de perderem o autocontrole.



Minha oração é que Deus nos ajude a sermos filhos da Graça e não do trovão.


O texto diz que Pedro saiu para pescar; quem sabe para Pedro aquele encontro era para ele ser confrontado, envergonhado, humilhado e banido; afinal, “eu neguei três vezes o mestre”, poderia estar pensando Pedro; o sentimento de frustração era enorme. Pescar poderia ser sua tática de sair dalí e respirar algo novo pois seu futuro era incerto e seu passado era ameaçador e o condenava.


Fuga. Quando nos sentimos assim o desejo é de fugir de tudo e todos; se isolar. Jesus já havia ressuscitado e essa notícia era para alegrá-los e rejubilá-los, mas continuavam com a alma presa no dia de sexta feira. Podemos receber notícias de alegria de outras pessoas, mas é assim que acontece nada nos alegra e nos sentimos desamparados.


Foram pescar e não conseguiram pescar nada, nenhum peixinho. No afã de aliviar o sentimento de frustração pescando, aumentaram ainda mais a frustração por não ter conseguido pescar nada. Alguém frustrado sempre se frustrará mais ainda se não encontrar o sentido da vida.


Em um momento eles avistaram um homem em pé na praia. Esse homem era Jesus, mas eles estavam distantes e não o reconheceram. Haviam perdido a comunhão com o Senhor da Vida e estavam incapazes de verem o significado da ressurreição. Naquela noite fria e sem pesca, Jesus estava com eles e não haviam percebido; em nenhum momento Ele os havia deixado. Como é fácil nos esquecermos das promessas do Senhor.


Jesus se apresenta e diz que está com fome – a humanidade de Jesus é fantástica! “Filhos, tende alguma coisa de comer”? A voz de Jesus os chamava de novo para o relacionamento, aleluia! Jesus não os tratou como eles mereceriam ser tratados.


Gente, como precisamos reaprender os significados da Graça e de seus benefícios em nossa vida. A Graça de Deus foi ao encontro da fraqueza deles, pois era essa a necessidade aos quais estavam passando.


Começou a recuperação da vida deles quando Jesus tomou a iniciativa de conversa. A maioria eram pescadores profissionais e tiveram que confessar que não haviam conseguido nada. Sem Jesus, campanhas e missões mesmo com os melhores métodos, continuam vazias e sem êxito


Jesus não passou nenhum sermão ou repreensão nos discípulos ou em Pedro. O próprio sentimento de fracasso já é melhor que qualquer sermão. Se a gente fracassa nenhum pregador precisa nos dizer isso, pois quem fracassa sabe disso muito bem.


Não devemos resistir ao pedido de Jesus. Não deve haver resistências de nossa parte quanto ao fato de Jesus nos levar de novo para a vida. “Lancem a rede do lado direito do barco”; Voltem ao discipulado de que ao ouvir minha voz vocês abedeçam. Jesus nos ensina que pessoas que passaram por um grande fracasso têm toda a disposição para obedecer.


Precisamos do poder Daquele que ressurgiu dentre os mortos; métodos são importantes, mas se não houver a mão de Deus presente...



Pedro levou um susto e disse: “É o Senhor!” e imediatamente pulou na água e foi nadando em direção a Jesus. A esperança não morre na vida do crente em Jesus. Pedro, todo culpado, mesmo assim foi ao encontro do Senhor Jesus.


Há muitas coisas a se dizer sobre esse episódio. Mas vou ficando por aqui.



Fábio Menen

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