segunda-feira, 31 de maio de 2010

CLIP - FRUTO SAGRADO - PODRIDOWN

NO ANO DE ELEIÇÕES, SEGUE ESSE CLIP DA BANDA FRUTO SAGRADO. O VÍDEO AO MEU VER É UM TANTO AMADOR, MAS A LETRA DE 1995 CONTINUA ATUAL COMO SE TIVESSE SIDO ESCRITO HOJE.

OUÇAM A MÚSICA E VEJAM A LETRA.

É a metamorfose política

mudando tudo após a eleição

o mocinho vira bandido, o político vira ladrão

a grande maioria quase todos eles

são marionetes do Diabo

A justiça e as leis compradas

por altas somas de doláres

sua espada teleguiada só atinge a cabeça dos pobres

sub-vida, subdesenvolvimento, sub mundo

no palácio central

Escândalo após escândalo

humilhando uma nação

amorais inescrupulosos

viciados pelo poder

Os olhos de Deus eles não podem tapar

o juízo de Deus eles não podem comprar

serão consumidos pela própria ambição

Podres! cobertos de podridão

almas! comprometidas com a corrupção

pactos! alianças de maldição

podres! cobertos de podridão

podridown!

Fábio Menen

quinta-feira, 27 de maio de 2010

LIVRO - O MUNDO DE SOFIA



O Mundo de Sofia, editado pela primeira vez em 1991, é um dos livros que continua a encantar todo o tipo de leitores. Mesmo depois de todo o êxito inicial e de se ter tornado quase de imediato um best-seller, continua a ser lido, hoje em dia, por milhares de pessoas, em particular por jovens. O autor, Jostein Gaarder, professor de filosofia do secundário, conseguiu de uma forma original desenvolver uma aventura cheia de reflexões e perguntas através da história da filosofia desde o princípio dos tempos.



O objectivo principal deste livro não é, segundo o nosso ponto de vista, relatar ao leitor a evolução da filosofia ao longo do tempo, mas sim fazer com que este não seja tão indiferente àquilo que o rodeia. Isto é conseguido através das respostas dos grandes filósofos às questões que sempre afligiram o mundo.



"A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos (...) E agora tens que te decidir, Sofia: és uma criança que ainda não se habituou ao mundo? Ou és uma filósofa que pode jurar que isso nunca lhe acontecerá?... Não quero que tu pertenças à categoria dos apáticos e dos indiferentes. Quero que vivas a tua vida de forma consciente."



"Quem és tu?", "De onde vem o mundo?", "Haverá uma vontade e um sentido por detrás daquilo que acontece?", estas são algumas das perguntas colocadas a Sofia durante aquilo que irá ser um verdadeiro "curso de filosofia". Este curso foi oferecido a Sofia por uma pessoa que ela não conhecia mas que acabou por se tornar rapidamente num grande amigo. Através dele, Sofia viaja até 600 a.c., onde encontra os primeiros filósofos, e a partir daí segue o rumo da história dos homens e o evoluir da mentalidade e do pensar filosófico. É por meio do seu professor de filosofia que Sofia conhece Sócrates, Aristóteles, Descartes, Spinoza, Kant, Hegel, Marx, Freud, entre muitos outros.



Mas a história de Sofia e Alberto (o seu professor) não fica por aqui. Ao mesmo tempo que se vai desenvolvendo o seu curso de filosofia, as duas personagens vão-se apercebendo da existência de outra realidade para além daquela em que vivem.



É uma história composta de muitas outras, que nos faz pensar se não seremos também nós apenas personagens duma história que um dia alguém escreveu.


Fábio Menen

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O IMUTÁVEL AMOR DE JESUS



João 21
1
¶ Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se assim:
2
Estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
3
Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam.
4
E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus.
5
Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não.
6
E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.
7
Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
8
E os outros discípulos foram com o barco (porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados), levando a rede cheia de peixes.
9
Logo que desceram para terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão.
10
Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes.
11
Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede.
12
Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor.
13
Chegou, pois, Jesus, e tomou o pão, e deu-lhes e, semelhantemente o peixe.
14
E já era a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dentre os mortos.
15
¶ E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
16
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
17
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
18
Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras.
19
E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me.




Simão Pedro era um dos que se achavam presentes nessa história. O coração de Pedro ainda estava triste por ter negado a Jesus. Penso que Pedro não era mais o mesmo, por estar se sentindo derrotado, incapaz, frustrado; mas estava ali presente.


O fato de Pedro estar ali, apesar de tudo, foi o fato de Jesus ter dito que iria se encontrar com eles e não se esquecessem de dizer a Pedro para ele não deixar de ir a esse encontro. Marcos 16:7


A Informação sobre a ressurreição seria dada primeiramente aos discípulos e a Pedro.
Interessante que Jesus destaca justamente àquele que foi atormentado pelo fracasso.


Jesus demonstra interesse na pessoa frustrada e fracassada. Essa preocupação de Jesus é fascinante.


Como cristão, servo e discípulo de Jesus posso sentir-me incomodado por coisas que deixei de fazer ou por que fiz deliberadamente; magoamos pessoas que amamos e nos frustramos por nossos desacertos.


Mas quer saber de uma coisa? Quem se sente assim, frustrado, triste e com sentimento de fracasso e derrota é justamente mencionado em primeiro lugar por Jesus. Sim, o modo de Jesus tratar a Pedro não é diferente da forma como Ele trataria a qualquer um de nós.


Sabe quem estava também nesse encontro? Tomé. Quem era Tomé? O discípulo que demonstrou incredulidade quanto a ressurreição de Jesus. Natanael também se encontrava ali; Natanael havia dito uma vez sobre a impossibilidade de o Messias vir de Nazaré: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” Olha, se formos honestos, nossas questões não são diferentes dos discípulos que estavam com Jesus.


Tiago e João também estavam lá e Jesus os chamou de Filhos do Trovão Marcos 3:7. Isso me faz pensar que trovejamos também em muitas reuniões que acontecem em nossos templos. Tem muita gente trovejando sua ortodoxia quando discorda de certas coisas ou quando se desentende com outrem. Eram chamados Filhos do Trovão pela facilidade de perderem o autocontrole.



Minha oração é que Deus nos ajude a sermos filhos da Graça e não do trovão.


O texto diz que Pedro saiu para pescar; quem sabe para Pedro aquele encontro era para ele ser confrontado, envergonhado, humilhado e banido; afinal, “eu neguei três vezes o mestre”, poderia estar pensando Pedro; o sentimento de frustração era enorme. Pescar poderia ser sua tática de sair dalí e respirar algo novo pois seu futuro era incerto e seu passado era ameaçador e o condenava.


Fuga. Quando nos sentimos assim o desejo é de fugir de tudo e todos; se isolar. Jesus já havia ressuscitado e essa notícia era para alegrá-los e rejubilá-los, mas continuavam com a alma presa no dia de sexta feira. Podemos receber notícias de alegria de outras pessoas, mas é assim que acontece nada nos alegra e nos sentimos desamparados.


Foram pescar e não conseguiram pescar nada, nenhum peixinho. No afã de aliviar o sentimento de frustração pescando, aumentaram ainda mais a frustração por não ter conseguido pescar nada. Alguém frustrado sempre se frustrará mais ainda se não encontrar o sentido da vida.


Em um momento eles avistaram um homem em pé na praia. Esse homem era Jesus, mas eles estavam distantes e não o reconheceram. Haviam perdido a comunhão com o Senhor da Vida e estavam incapazes de verem o significado da ressurreição. Naquela noite fria e sem pesca, Jesus estava com eles e não haviam percebido; em nenhum momento Ele os havia deixado. Como é fácil nos esquecermos das promessas do Senhor.


Jesus se apresenta e diz que está com fome – a humanidade de Jesus é fantástica! “Filhos, tende alguma coisa de comer”? A voz de Jesus os chamava de novo para o relacionamento, aleluia! Jesus não os tratou como eles mereceriam ser tratados.


Gente, como precisamos reaprender os significados da Graça e de seus benefícios em nossa vida. A Graça de Deus foi ao encontro da fraqueza deles, pois era essa a necessidade aos quais estavam passando.


Começou a recuperação da vida deles quando Jesus tomou a iniciativa de conversa. A maioria eram pescadores profissionais e tiveram que confessar que não haviam conseguido nada. Sem Jesus, campanhas e missões mesmo com os melhores métodos, continuam vazias e sem êxito


Jesus não passou nenhum sermão ou repreensão nos discípulos ou em Pedro. O próprio sentimento de fracasso já é melhor que qualquer sermão. Se a gente fracassa nenhum pregador precisa nos dizer isso, pois quem fracassa sabe disso muito bem.


Não devemos resistir ao pedido de Jesus. Não deve haver resistências de nossa parte quanto ao fato de Jesus nos levar de novo para a vida. “Lancem a rede do lado direito do barco”; Voltem ao discipulado de que ao ouvir minha voz vocês abedeçam. Jesus nos ensina que pessoas que passaram por um grande fracasso têm toda a disposição para obedecer.


Precisamos do poder Daquele que ressurgiu dentre os mortos; métodos são importantes, mas se não houver a mão de Deus presente...



Pedro levou um susto e disse: “É o Senhor!” e imediatamente pulou na água e foi nadando em direção a Jesus. A esperança não morre na vida do crente em Jesus. Pedro, todo culpado, mesmo assim foi ao encontro do Senhor Jesus.


Há muitas coisas a se dizer sobre esse episódio. Mas vou ficando por aqui.



Fábio Menen

sábado, 22 de maio de 2010

QUERES SER CURADO?


"Estava ali um homem, enfermo havia trinta e oito anos. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim, havia muito tempo, perguntou-lhe: 'Queres ser curado?'. Respondeu-lhe o enfermo: 'Senhor não tenho ninguém que me ponha no tanque quando a água é agitada; pois enquanto eu vou desce outro antes de mim'. Então lhe disse Jesus: 'Levanta-te, toma teu leito e anda'. Imediatamente o homem se viu curado e, tomando o leito, pô-se a andar." João 5:5-9
A pergunta de Jesus nos parece bem óbvia. O homem era paralítico e mesmo com toda a dificuldade ele se aproxima de Jesus; era natural que esse homem desejasse ser curado. E Jesus vem com uma pergunta que ao entendimento humano pode ser considerada tola: "Queres ser curado"?
Parece que Jesus consegue enxergar algo que os discípulos não conseguiram perceber. Na verdade, muitos pedem cura, mas isso não implica necessariamente que queremos a cura.
Cura requer mudança, metanóia, transformação e conversão. A cura de Jesus requer implicações. Se é assim, consciente ou inconscientemente resistimos a cura e ao milagre da transformação da vida. Para Jesus, mas importante do que a cura do corpo é a cura e transformação do ser.
Por que não queremos ser curados?
Muitas vezes nos habituamos às nossas doenças e ficar curado dela requererá a vivência de novas etapas e posturas que não queremos assumir. Isto é, estar disposto não apenas em palavras mas ter vontade de mudar de atitude e mente diante de vários problemas. Jesus cura, mas a ordem Dele é que ele se levante e começe a andar.
Como a vida que Jesus ofereçe é abnegação, uma cruz a carregar, seguir seus passos, santificação; muitos irão preferir continuar doentes a querer um encontro com o Senhor que cura.
Como devo buscar a cura?
"Queres?" O querer, segundo Jesus, tem que ser o motor para a cura. Jesus já me deseja curar; agora, eu desejo ser curado?
E essa cura que Dele vem, cura características de nossa personalidade que traz equilíbrio e sadia a nossa vida. Quando Jesus diz: " Levanta, toma o teu leito e anda", é uma ordem; é imperativo. Precisamos ter iniciativa de levantar e andar do jeito que somos; as demais coisas serão acrescentadas se buscarmos o Reino em primeiro lugar.
Esse Levanta e anda significa que Jesus nos põe em pé na vida, nos faz enfrentarmos problemas, andar sem medo diante das vicissitudes dos homens, a confiar que Seu amor por nós é a garantia de que ao escolhermos Sua cura fizemos a única opção essêncial de que não seremos mais os mesmos.
Não criemos resistências às curas de Deus, pois Deus tem muitas curas para seus filhos. Ou você pensa que cura refere-se apenas ao corpo? A maior cura na vida de um homem é quando esse ser curado vive a decisão de ser de Deus pra sempre.
Isto também é graça.
Fábio Menen

sexta-feira, 21 de maio de 2010

FLUXO DE SANGUE E FLUXO DE GRAÇA


A história da mulher com fluxo de sangue é conhecidíssima no meio cristão. Pregações e ministrações sobre essa personagem da Bíblia é imensa. O texto diz que ela ouvindo sobre Jesus, creu em seu coração que se tocasse na orla do manto de Jesus, ficaria curada do sangue hemorrágico que dela fluía.
E assim ela fez. Teve receio, mas não desanimou e tocou na orla das vestes de Jesus.

A resposta de Jesus a ela não foi de repreensão ou de exigências: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre de teu mal” Marcos 5: 25-34. Essa mulher apenas creu e Jesus ministrou cura e graça em sua vida.
Dessa mulher saía sangue; de Jesus, jorraria sangue para toda a humanidade.

Graça é uma palavra de raiz latina – gratia, no grego charis que significa favor, bondade, graciosidade, benevolência. O Evangelho que pregamos é chamado de o Evangelho da Graça. O Evangelho da Graça é o anúncio de que "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados" 2 Co 5:19

Por isso, Graça é ação de Deus em favor dos homens. A religião ensina que para se obter esse favor de Deus o homem faz para merecer; isto é, oferece a Deus as produções de seus esforços humanos – chamo isso de síndrome de Caim. A Graça diz: Deus faz! Deus toma iniciativa de ajuda ao homem. Essa iniciativa é explicita na cruz de Jesus.

Graça é salvação e salvação não é uma doutrina, é uma pessoa. Sintetizando, é a disposição de Deus em salvar seus filhos sem que esses tenham feito algo para que o merecessem. Afinal "Deus prova o seu amor para conosco, em que cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” Romanos 5:8.
A Graça de Deus não faz cobranças, não faz exigências, mas capacita a viver o que se pede.

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que
nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente
com Cristo - pela graça sois salvos -, e juntamente com ele nos ressuscitou e
nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar nos
séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para
conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vós, é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie
. Efésios 2:4-8

Não seremos crosta de igreja, mas filhos do Evangelho da Graça. Sem a Graça em nós seremos pessoas nojentas, escandalizáveis, hipócritas, e sem vida. O Cristianismo atual precisa morrer em nós hoje para que o Evangelho de Jesus seja crido através de uma vida bonita e cheio de graça.

Fiquei motivado a escrever esse pequeno texto, pois sei que existem muitos cristãos que ainda não se apossaram dos benefícios de descansar na graça e na verdade de Deus; antes, vivem sem a esperança da glória e sem a paz que excede todo o entendimento.
O fluxo da graça é ininterrupto.
Hoje, podemos tocar na orla de Jesus e até mais que isso podemos deixar Jesus fazer morada em nossos corações pela fé e pela palavra. Assim como Jesus disse àquela mulher, Ele pode dizer para nós hoje também: “vai em paz e fica livre do mal”. Jesus chama a responsabilidade sobre si quanto a oferecer paz e libertação.

Só mesmo Jesus para fazer isso em nós.

Fábio Menen





sexta-feira, 14 de maio de 2010

PASTORES ESTÃO MANDANDO OS PAIS MATAREM SEUS FILHOS POR CAUSA DE BRUXARIA




Pastores de igrejas evangélicas na Nigéria estão acusando crianças de serem bruxas, levando ao abuso e a crueldade indescritíveis a crianças inocentes.


Elas estão sendo abandonadas pelos pais para morrerem, isso quando não são mortas, espancadas, queimadas, envenenadas, enterradas vivas, amarradas a árvores, entre outras crueldades.


Estima-se que cerca de 5.000 crianças foram abandonadas desde 1998, e que de cada 5 crianças abandonadas, uma acaba morrendo, e as que sobrevivem ficam em estado de choque.


Os pastores fazem parte das igrejas evangélicas "Assembléia do Novo Testamento", "Igreja de Deus das Missões", "Evangelho Monte Sião", "Glória de Deus", "Irmandade da Cruz", "Liberdade do Evangelho", entre muitas outras.


São os pastores que dizem que as crianças estão enfeitiçadas, e eles prometem fazer um exorcismo para curar as bruxas mediante pagamento, que pode custar 3 a 4 meses de trabalho.


Com a grande maioria das pessoas não podem pagar, elas abandonam as crianças, ou utilizam outros métodos para tentar "curá-las".

http://www.youtube.com/watch?
http://www.guardian.co.uk/world/2007/dec/09/tracymcveigh.theobserver


Estou ficando cada vez mais triste com essas notícias.


André Nachtigall Tessmann


Fonte: www.caiofabio.net


Fábio Menen

quinta-feira, 13 de maio de 2010

PARA LER E PENSAR II - AUGUSTO DOS ANJOS

Que vejamos beleza, arte e poesia nas pequenas obras da existência (Fábio Menen)
A VITÓRIA DO ESPIRITO
Era uma preta, funeral mesquita,
Abandonada aos lobos e aos leopardos
Numa floresta lúgubre e esquisita.
Engalanava-lhe as paredes frias
Uma coroa de urzes e de cardos
Coberta em pálio pelas laçarias.
Uma vez, aos lampejos derradeiros
Das irisadas vespertinas velas,
Feras rompiam tolos e balseiros.
E pelas catacumbas desprezadas,
Mochos vagavam como sentinelas,
Em atalaia às gerações passadas!
Um crepúsculo imenso, nunca visto
Tauxiava o Céu de grandes roxos
Da mesma cor da túnica de Cristo.
Fulgia em tudo uma estriação violeta
E um violáceo clarão banhava os mochos
Que em torno estavam da mesquita preta.
Já na eminência da amplidão sidérea
Como uma umbela, se desenrolava
A esteira astral da retração etérea.
Os astros mortos refulgiam vivos
E a noite, ampla e brilhante, rutilava
Lantejoulada de opalinos crivos.
Súbito alguém, o passo constrangendo,
Parou em frente da mesquita morta...- Um vento frio começou gemendo.
Era uma viúva, e o olhar errante, a viúva,
Em passo lento, foi transpondo a porta,
Eternamente aberta ao sol e à chuva.
A Lua encheu o espaço sem limites
E, dentro, nos altares esboroados,
Foram caindo como estalactites
Sobre o ouro e a prata das alfaias priscas
Um dilúvio de fósforos prateados
E uma chuva doirada de faíscas.
Fora, entretanto, por um chão de onagras
Vinha passeando corno numa viagem
Um grupo feio de panteras magras.
E havia no atro olhar dessas panteras
Essa alegria doida da carnagem
Que é a alegria única das feras.
E ardendo na impulsão das ânsias doidas
E em sevas fúrias, infernais ardendo
Todas as feras, as panteras todas
Avançam para a viúva desvalida.
E raivosas, contra ela, arremetendo,
Tiram-lhe todas ali mesmo a vida.
Morria a noite. As flâmulas altivas
Do sol nascente erguiam-se vermelhas,
Como uma exposição de carnes vivas.
E iam cair em pérolas de sangue
Sobre as asas doiradas das abelhas,
E sobre o corpo da viúva exangue.
A Natureza celebrava a festa
Do astro glorioso em cantos e baladas- O próprio Deus cantava na floresta!
Nos arvoredos rejuvenescidos,
Estrugiam canções desesperadas
De misereres e de sustenidos.
Além, entanto, na redoma clara
Que envolve a porta da região etérea,
O espírito da viúva se quedara
Ao contemplar dessa fulgente porta
E dessa clara e alva redoma aérea,
No desfilar de sua carne morta
A transitoriedade da matéria!
GOZO INSATISFEITO
Entre o gozo que aspiro, e o sofrimento
De minha mocidade, experimento
O mais profundo e abalador atrito...
Queimam-me o peito cáusticos de fogo
Esta ânsia de absoluto desafogo
Abrange todo o circulo infinito.
Na insaciedade desse gozo falho
Busco no desespero do trabalho,
Sem um domingo ao menos de repouso,
Fazer parar a máquina do instinto,
Mas, quanto mais me desespero,
sinto a insaciabilidade desse gozo!
MARTÍRIO SUPREMO
Duma Quimera ao fascinante abraço,
Por um Cocito ardente e luxurioso,
Onde nunca gemeu o humano passo,
Transpus um dia o Inferno Azul do Gozo!
O amor em lavas de candência d'aço,
Banhou-me o peito...
Em ânsia de repouso,
Da Messalina fria no regaço,
Chora saudades do terreno pouso!
Como um mártir de estranho sacrifício,
Tinha os lábios crestados pela ardência
Da luz letal do grande Sol do Vício!
E mergulhei mais fundo no estuário...
Mas, no Inferno do Gozo, sem Calvário,
Cristo d'amor morri pela inocência!
Fábio Menen